sábado, 21 de setembro de 2024

 


Luiz Paulo Manuel de Menezes de Mello Vaz de Sampayo, antigo Reitor da UTAD, poucos o saberão, mas foi também um notável historiador, um dos mais “incómodos” historiadores dos finais do séc. XX, ao corrigir graves erros da História de Portugal.

Por exemplo, como genealogista, demonstrou, com documentação irrefutável, o erro histórico ou a ilusão que outros historiadores alimentavam, sobre a nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colombo.

Mas demonstrou mais: Portugal perdeu a independência para Espanha em 1580 por absoluta ignorância ou má-fé de uma certa nobreza frustrada ou falida desse tempo. Na verdade, o Prof. Sampayo, com quem tive o gosto de trabalhar, divulgou em 1997 o “assento de batismo” de D. António Prior do Crato, datado de 1544, que foi descobrir na Sé de Évora, o qual provava ser filho legítimo de D. Manuel I (e não ilegítimo como a História tem insistido ao longo dos séculos). Por essa razão, seria ele, legitimamente, o 18º Rei de Portugal e não, como sucedeu, o Rei Filipe II de Espanha. Para além da velha e triste ilusão de que D. Sebastião viria salvar a nação num cavalo branco em manhã de nevoeiro... foram 60 anos de hegemonia espanhola que nunca deveriam ter acontecido.

Luiz Sampayo nasceu em França e morreu em 2006, em Vila Real, praticamente ignorado pela comunidade e pelas instituições. Injustamente.

Aqui lhe presto a minha homenagem.