Luiz Paulo Manuel de Menezes de Mello Vaz de Sampayo, antigo
Reitor da UTAD, poucos o saberão, mas foi também um notável historiador, um dos
mais “incómodos” historiadores dos finais do séc. XX, ao corrigir graves erros
da História de Portugal.
Por exemplo, como genealogista, demonstrou, com documentação
irrefutável, o erro histórico ou a ilusão que outros historiadores alimentavam,
sobre a nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colombo.
Mas demonstrou mais: Portugal perdeu a independência para
Espanha em 1580 por absoluta ignorância ou má-fé de uma certa nobreza frustrada
ou falida desse tempo. Na verdade, o Prof. Sampayo, com quem tive o gosto de
trabalhar, divulgou em 1997 o “assento de batismo” de D. António Prior do
Crato, datado de 1544, que foi descobrir na Sé de Évora, o qual provava ser
filho legítimo de D. Manuel I (e não ilegítimo como a História tem insistido ao
longo dos séculos). Por essa razão, seria ele, legitimamente, o 18º Rei de
Portugal e não, como sucedeu, o Rei Filipe II de Espanha. Para além da velha e
triste ilusão de que D. Sebastião viria salvar a nação num cavalo branco em
manhã de nevoeiro... foram 60 anos de hegemonia espanhola que nunca deveriam
ter acontecido.
Luiz Sampayo nasceu em França e morreu em 2006, em Vila Real,
praticamente ignorado pela comunidade e pelas instituições. Injustamente.
Aqui lhe presto a minha homenagem.