Dediquei mais de 30 anos
à UTAD. Nela fundei e desenvolvi o Gabinete de Comunicação e Imagem, fiz o meu
Doutoramento, lecionei 12 disciplinas diferentes em cursos de licenciatura e
mestrado e por fim escrevi a História da Universidade.
Vejo-a hoje mergulhada
numa controvérsia que não parece ter fim, empurrada (e emperrada) de tribunal
para tribunal, impossibilitada de eleger um Reitor. Incapaz de impor essa que
foi uma das maiores conquistas da Democracia: o direito sagrado à autonomia
universitária.
Custa-me, pessoalmente,
assistir a tudo isto. Eu que ainda sou do tempo em que esta tão nobre
instituição nasceu. Acompanhei as batalhas de David contra Golias que
permitiram impor nos finais do séc. XX impor o IPVR, depois o IUTAD e por fim a
UTAD. Todos os avanços foram arrancados a ferros à custa de muitas batalhas. O
Marão erguia-se como um obstáculo, mas havia outros ainda mais difíceis de
transpor. Elevada a Universidade em 1986, o “milagre” era já reconhecido cá
dentro e lá fora. Tanto assim foi que, dois anos depois, o Banco Mundial
designava-a como uma “Universidade Modelo”.
Um apelo lanço a todos. À Academia, ao Ministro e também aos deputados que se “digladiaram” na AR. Entendam-se de vez. A UTAD é nossa! Vila Real, Trás-os-Montes e Portugal precisam dela. Forte e prestigiada.
