sábado, 16 de julho de 2022

Os “drones” da terra queimada…

Se estes drones, em vez de “patrulharem” hoje a terra queimada, tivessem, há uns dias atrás, andado a patrulhar o território nas zonas mais críticas e propensas aos fogos, certamente o país não estaria hoje sob o estado depressivo em que está, mais triste, enlutado e mais empobrecido.

Porque não os usam os bombeiros, os sapadores florestais, as forças militares, a força área, as juntas de freguesia, as associações ecologistas, colocando-se em pontos estratégicos do território florestal?

Já aqui o disse e repito. Um drone pode percorrer uma distância até 35 quilómetros, o que em linha reta cobriria uma boa fatia do território. E assim, bastaria meia dúzia de drones, lançados e pilotados estrategicamente, uns no Marão e Alvão, outros no Montesinho, na Padrela, no Larouco e no Gerês, para permitirem, no norte do País, no espaço de minutos identificar a origem das ignições e avistar os próprios incendiários.

Cada vez me convenço mais que o País está a ser gerido por gente com pouca capacidade e sem visão calculista e prospetiva dos flagelos, e que assume as catástrofes como uma fatalidade. Até cancelam as viagens, pois já "sabem" que as catástrofes vêm aí. Assim, não vamos a lado nenhum.


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Para que servem, afinal, os drones?

 

Imagem: SIC Notícias

Retirar alguns das praias (em especial os que andam por lá em mero voyerismo, vigiando os fios-dentais e os “bumbuns”…) e colocá-los a vigiar do céu as florestas, era o mínimo que se poderia esperar dos decisores mais inteligentes. 

Diz quem sabe que um drone pode percorrer uma distância até 35 quilómetros, o que em linha reta cobriria uma boa fatia do território transmontano. E assim meia dúzia de drones, lançados e pilotados estrategicamente, permitiriam, no espaço de minutos, identificar a origem de muitas ignições e avistar os próprios incendiários.

Ocorre este cândido exercício de sensatez a um simples leigo na matéria, quando, nestes dias, se assiste à destruição, nas zonas de Ribeira de Pena e Boticas, de uma das maiores manchas contínuas de pinheiro bravo da Península Ibérica, e há quem diga que ocorreram várias ignições em localizações diferentes. Portanto, estar-se-á à vista de mais uma das ações criminosas que nos empobrecem a olhos vistos, perante a placidez de um regime de gente mansa, sem ousadia, nem justiça, nem autoridade.