terça-feira, 15 de abril de 2025

Gonçalo Fernandes, o estratega da Excelência

 


O Centro de Estudos em Letras (CEL), liderado pela UTAD numa partilha com a Universidade de Évora, a que me orgulho de pertencer como Investigador Integrado, acaba de obter a classificação de EXCELENTE, ou seja, a posição máxima na avaliação da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Está de parabéns toda a equipa de investigadores, especialmente o seu diretor Gonçalo Fernandes e demais elementos da direção (o vice-diretor Fernando Gomes, da Universidade de Évora, e o secretário-executivo Rolf Kemmler, da UTAD). Muito trabalho e muita qualidade em projetos de áreas científicas fundamentais, muita persistência, publicações reconhecidas na comunidade científica nacional e internacional, objetivos claros e bem fundamentados, foram os grandes trunfos que conduziram o CEL, em vias de atingir os 20 anos de existência, a tão elevada classificação.

Em particular, deixo o meu reconhecimento e louvor ao grande empenho do meu bom amigo Gonçalo Fernandes, professor catedrático, que deixou o lugar de vice-reitor da UTAD, a meio do mandato, para se dedicar, com todo o seu saber e dinamismo, ao plano estratégico deste Centro de Investigação. E o resultado aí está.

In: Diário de Trás-os-Montes

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quarta-feira, 9 de abril de 2025

Lembrando dois "aristocratas" da velha Bila…

 

O Dr. Nuno Botelho, no seu incorrigível instinto desafiador, a provocar o nosso querido Zé Macário, no jantar de aniversário do histórico jornal “A Região”, nos anos 80, no Hotel Tocaio (hoje Hospital da Luz). Era eu o diretor.
Nuno Botelho já partiu. E que saudades deixou! Com porte de aristocrata, era um grande orador, um verdadeiro tribuno, cujos dotes se impunham em qualquer tertúlia. Entre tiradas de humor e ferroadas, citava os clássicos com o mesmo rasgo de um homem do povo a citar provérbios. Era uma escola ambulante de bom senso, valores éticos e cidadania.
O Zé Macário, grande amigo, de olhar arguto, silencioso, sibilino e austero, impecável no traje, sempre galante com as damas, carrega um vasto curriculum de censor vigilante dos desmandos e flagrâncias das classes nobres da velha Bila. Historiador do quotidiano, ninguém lhe escapava no furor crítico de antigo correspondente de jornais. Como fotógrafo, com estúdio aberto que teve na rua Direita, é certamente detentor de um espólio valiosíssimo que documenta as rotinas políticas e sociais que outrora fervilhavam na urbe, no pós 25 de Abril. Valeria a pena catalogá-lo e estudá-lo. Deixo esse desafio.