domingo, 21 de outubro de 2012

Manuel António Pina



São sempre muito escassas e frágeis as palavras quando queremos traduzir os sentimentos mais profundos da amizade e da admiração no momento em que vemos partir um companheiro.

Manuel António Pina, sepultado hoje na cidade do Porto, deixa a sua marca no tempo. Deixa-a nos livros e nas páginas dos jornais e revistas, mas deixa-a em especial no coração dos que tiveram a sorte de o ter por perto. Foi a seu convite, enquanto coordenador da secção cultural do JORNAL DE NOTÍCIAS, que aí iniciei a minha colaboração a partir dos finais do século passado, após ter abandonado vinte anos de jornalismo profissional.

A cultura fica agora mais pobre, todos o dirão, ou não tivesse sido um dos autores mais premiados da lusofonia. Mas pobre fica também a cidadania, onde o eco de vozes corajosas, sábias e responsáveis, tanta falta faz.


Alexandre Parafita
In Diário de Trás-os-Montes